A capa da edição que eu tive. imagem://rosanopink.blogspot.com.br/2011/04/blog-post.html |
Há quem diga que ser Pollyanna é muito chato, principalmente jogar o “Jogo do Contente” com frequência.
Minha infância foi preenchida com as repetidas leituras de “Pollyanna”. No silêncio, sem compartilhar com ninguém, lembro-me de vivenciar o “Jogo do Contente” a cada momento. Foi o meu “segredo” infantil. Identifiquei-me com Pollyanna no trato com as pessoas, na forma de compreender o adulto. Levei essa forma de compreensão para a vida adulta. Refletiu em meu relacionamento com amigos e profissionalmente. Empatia. É assim que eu vivia. Compreendendo tudo e todos.
Quando adulta “de todo” e após o ser humano se mostrar na forma mais perversa, interesseira, manipuladora, antagônica, resolvo ceder ao mundo e liberto a visão da realidade que se apresentava perante meus olhos, ao redor de mim. Doeu em meu ser.
Minha criança interior chorou...
Eu fui imensamente feliz enquanto acreditei no ser humano, enquanto fui capaz de usar a empatia no relacionamento humano.
Entendo que foi necessário ampliar meu nível de consciência e para isso, precisava enxergar com os olhos da realidade. Era o momento de compreender para saber se defender.
Já mais recentemente, a leitura sobre a necessidade de compreender o ser humano, não julgar, não criticar, silenciar...são atitudes esperadas, espiritualmente falando.
Então, “ser” Pollyanna nunca foi tão ruim assim...
Minha criança interior voltou a sorrir.
Nélia R.U.
20/06/2012